Cinema e videogame são algo que têm tudo pra combinar e raramente dão certo, né? Seja uma adaptação de algum jogo para filme ou algum jogo de um filme que tem que ser apressado para estar disponível ao público na mesma data do lançamento do filme, as produções geralmente falham em capturar o que o outro produto tem a oferecer.
Eu realmente não lembro de ter jogado nenhum jogo baseado em filme que valesse a pena, além de raramente ter visto uma adaptação cinematográfica de um jogo que trouxesse experiências semelhantes às que o joystick nas mãos traz. A ideia de hoje é montar uma lista com as 10 piores adaptações do mundo. É claro que há outras, muitas outras, e vocês podem sugeri-las nos comentários. Vai que elas são incluídas numa próxima edição?
Eu realmente não lembro de ter jogado nenhum jogo baseado em filme que valesse a pena, além de raramente ter visto uma adaptação cinematográfica de um jogo que trouxesse experiências semelhantes às que o joystick nas mãos traz. A ideia de hoje é montar uma lista com as 10 piores adaptações do mundo. É claro que há outras, muitas outras, e vocês podem sugeri-las nos comentários. Vai que elas são incluídas numa próxima edição?
Direção: Annabel Jankel, Rocky Morton.
Elenco: Bob Hoskins, John Leguizamo, Dennis Hopper, Samantha Mathis, Fisher Stevens.
Elenco: Bob Hoskins, John Leguizamo, Dennis Hopper, Samantha Mathis, Fisher Stevens.
O grande sucesso do encanador bigodudo da Nintendo desencadeou a produção do primeiro filme totalmente baseado na estória de um jogo, e olha que surpresa: O filme é muito ruim. Na verdade ruim não seria a palavra correta para o filme de Super Mario Bros., seria mais apropriado dizer que o filme é bizarro, MUITO bizarro.
Enquanto o jogo de Mario tem uma estória super simples, personagens e cenários bonitinhos com nuvens e montanhas com carinha feliz, o filme tenta criar uma estória super complexa com universos paralelos, evolução, e um mundo bizarro com goombas de três metros de altura, um rei Koopa humano (e pior que isso, é o Dennis Hopper!!!) e um Luigi sem bigode.
Essas são só algumas bizarrices, o rei Cogumelo por exemplo, ao invés de um cogumelo bonitinho igual no jogo, aqui ele é uma bolota gigante e gosmenta de mofo e também o Yoshi no filme é um tipo de lagartixa/frango/dinossauro/robô (difícil definir).
A trilha sonora também é bastante estranha para um filme do Mario, inclui músicas de Queen, Joe Satriani, Extreme e Megadeth.
Direção: James Yukich.
Elenco: Robert Patrick, Mark Dacascos, Scott Wolf, Kristina Wagner.
Elenco: Robert Patrick, Mark Dacascos, Scott Wolf, Kristina Wagner.
E continuando nosso top 10 com um mega clássico da Sessão da Tarde. O grande sucesso do arcade Double Dragon lançado em 1987, originou o filme de mesmo nome no início de 1994, sendo um dos primeiros filmes a ter o roteiro baseado em um jogo de videogame.
O filme se passa no futuro ano de 2007 (futuro???), e a estória se resume em um medalhão dividido em duas partes que, quando unidas, concedem força e poder infinitos ao seu proprietário ou seja, a mesma baboseira manjada de sempre e sem ter nada em comum com a estória do jogo.
Mas não é só isso que coloca Double Dragon entre as piores adaptações, além do roteiro os efeitos especiais também são muito ruins, mesmo para o ano de 1994.
Direção: John Moore.
Elenco: Mark Wahlberg , Mila Kunis, Beau Bridges, Ludacris, Chris O’Donnell.
Elenco: Mark Wahlberg , Mila Kunis, Beau Bridges, Ludacris, Chris O’Donnell.
Oh não! É o Max! Nem o ex-policial Max Payne escapou de uma adaptação ao cinema. O jogo Max Payne possui uma estória muito boa, que abria grande margem para a produção de um filme decente, mas não foi o que aconteceu.
Max Payne é um filme fraco que não chega a altura do jogo. Falta ação, o roteiro não foi bem adaptado e os diálogos são tão ruins a ponto de você ver qualquer pessoa naquele personagem, menos Max Payne. O que é irônico porque o forte do jogo são justamente os diálogos.
Direção: John R. Leonetti.
Elenco: Robin Shou , Talisa Soto, James Remar, Sandra Hess, Lynn “Red” Williams.
Elenco: Robin Shou , Talisa Soto, James Remar, Sandra Hess, Lynn “Red” Williams.
Em 1995 foi lançado Mortal Kombat o filme, ao contrário do que vinha acontecendo, o primeiro filme foi muito bom e tirou um pouco da má fama que os filmes baseados em jogos tem.
Inevitavelmente todo sucesso gera lucro, e o lucro pede uma sequência que foi Mortal Kombat: Annihilation. O roteiro é tão ruim que três dos atores principais do primeiro filme, Cristopher Lambert (Rayden), Linden Ashby (Johnny Cage), Bridgette Wilson (Sonya) e o diretor Paul W.S. Anderson pularam fora antes das filmagens.
Mortal Kombat: Annihilation é uma mistura ridícula de Mortal Kombat 2 + Mortal Kombat 3 + Ultimate Mortal Kombat, aniquilando de vez todo o clima criado no primeiro filme.
Direção: Chris Roberts.
Elenco: Freddie Prinze Jr., Saffron Burrows, Matthew Lillard, Tchéky Karyo.
Elenco: Freddie Prinze Jr., Saffron Burrows, Matthew Lillard, Tchéky Karyo.
Dois anos depois do lançamento de Mortal Kombat – A Aniquilação, que aniquilou qualquer esperança de bons filmes baseados em games sejam lançados, eis que em 1999 surge Wing Commander – A Batalha Final (sufixo este exclusivamente tupiniquim). Foi escrito por Chris Roberts (o criador do game) e Kevin Droney.
A história se passa no ano de 2564, e narra a guerra entre a Confederação Terrestre e o império Kilrathi, uma raça que se assemelha muito a… felinos(!?). Os impiedosos inimigos, planejando acabar com a raça humana, roubam um poderoso instrumento de navegação espacial e agora rumam em direção à Terra. Puro clichê espacial, aliás.
Os sons não conseguem chamar nossa atenção durante o filme. Aprendi que quando isso acontece, ou é porque ele conseguiu inserir adequadamente o espectador no filme ou é ruim mesmo e passa despercebido. Acho que no caso de Wing Commander, o som fica num meio termo, mas ainda assim abaixo da média.
Os diálogos são confusos e ruins. Como exemplo cito a frase ”Isso é uma sugestão ou uma ordem?” usada exaustivamente durante todo o filme e, convenhamos, não tem a mínima graça ou sentido em quase nenhum momento.
Direção: Hironobu Sakaguchi, Moto Sakakibara.
Elenco (vozes): Ming-Na, Alec Baldwin, Ving Rhames, Donald Sutherland.
Elenco (vozes): Ming-Na, Alec Baldwin, Ving Rhames, Donald Sutherland.
Como Designer de Games Hironobu Sakaguchi é um gênio, tanto que está na nossa lista de as 10 maiores mentes por trás dos games, já como diretor de cinema…
Final Fantasy: The Spirits Within foi a primeira animação de humanos feita com CGI fotorrealísticos e diferente da maioria dos filmes desta lista o problema dele não são os efeitos especiais toscos. A estória se passa no ano de 2065 (chutaram bem pra frente dessa vez!) quando um meteoro se choca com a Terra e além de matar boa parte da população, espalha no planeta uma raça hostil de alienígenas chamados de Phantoms.
O filme gira em torno do plano da Dr. Aki Ross e de seu mentor, Dr. Sid em salvar o planeta de forma pacífica, evitando que o general Hein use o canhão espacial “Zeus” e destrua a Terra junto com os Phantoms.
Direção: Uwe Boll.
Elenco: Jonathan Cherry, Erica Durance, Tyron Leitso, Clint Howard, Ona Grauer.
Elenco: Jonathan Cherry, Erica Durance, Tyron Leitso, Clint Howard, Ona Grauer.
E claro, não podia faltar em nossa lista um filme de Uwe Boll, a lenda viva dos filmes ruins baseados em games. Em uma rápida pesquisa no Google é possível descobrir que todo mundo, sem exceções, odeia muita este filme.
É difícil definir um gênero para House of the Dead, não dá pra saber se é um terror, se é uma comédia, um documentário ou uma novela mexicana vespertina. Ou melhor ele pode ser classificado como um jogo de videogame onde o jogador não joga, embora assistir ao jogo de House of the Dead seja muito mais divertido do que ao filme.
O enredo é tão ruim que chega a ser engraçado. Resumindo, o filme mostra um grupo de jovens acéfalos que passam 90 minutos atirando em atores mal maquiados (supostamente deveriam parecer zumbis) e abusando de efeitos bullet-time no pior estilo a la Matrix. O filme é uma merda, mas poderá pelo menos ver a Erica Durance (Lois Lane da série Smallville) pagando peitinho ao mergulhar pelada no mar.
Essa bomba atômica custou aproximadamente doze milhões de dólares em sua produção e arrecadou apenas dez milhões.
Direção: Uwe Boll.
Elenco: Christian Slater, Tara Reid, Stephen Dorff, Frank C. Turner, Matthew Walker.
Elenco: Christian Slater, Tara Reid, Stephen Dorff, Frank C. Turner, Matthew Walker.
Olha o Uwe Boll aí de novo! Com uma nota de 2,3 de 10 no IMDB, Alone in the Dark sem dúvidas é uma das piores adaptações de jogos para o cinema da história. Alguns meses antes da estreia de House of the Dead, quando Uwe Boll ainda tinha alguma credibilidade, começaram as filmagens de Alone in the Dark. Foram iniciadas em 14 de julho de 2003 e terminaram em 2 de agosto do mesmo ano (já dá pra imaginar como ficou bom né?).
Nós podemos classificar Alone in the Dark não como um filme, mas como uma coletânea de bobagens que não tem praticamente nada em comum com o jogo. Chega quase a ser uma continuação de House of the Dead, com mais tiro, mais kung fu, música eletrônica e muita informação repetida e desnecessária e não adianta nada atores comoChristian Slater e Tara Reid, se a produção e roteiro são péssimos.
Direção: Andrzej Bartkowiak.
Elenco: Dwayne Johnson, Karl Urban, Rosamund Pike, Deobia Oparei, Ben Daniels, Razaaq Adoti.
Elenco: Dwayne Johnson, Karl Urban, Rosamund Pike, Deobia Oparei, Ben Daniels, Razaaq Adoti.
Doom foi um jogo inovador para sua época. Foi um dos primeiros FPS que aprimorou vários conceitos, como o mais importante deles: a visão em primeira pessoa.
Em um jogo isso é muito legal, mas em um filme não funciona (a menos que estejamos falando de Tarantino) e é exatamente isso o que acontece em uma das sequências no filme Doom: A Porta do Inferno (maldita tradução de títulos para o português, mas poderia ser pior, tipo: Condenação: A Porta do Inferno).
O roteiro e os detalhes do filme lembram o jogo em vários momentos, mas o maior erro foi ter trocado as monstruosidades satânicas, minotauros gigantes com vísceras expostas e cérebros com patas de aranhas por… mutantes.
Direção: Steven E. de Souza
Elenco: Jean-Claude Van Damme , Raul Julia, Ming-Na, Damian Chapa
Elenco: Jean-Claude Van Damme , Raul Julia, Ming-Na, Damian Chapa
E o melhor fica para o final, o grande campeão é – Street Fighter: A Batalha Final. Esse filme é o clássico dos clássicos dos filmes ruins baseados em games. Imagine a cena: Van Damme no papel de Guile lutando contra Raul Julia interpretando Mr. Bison (se fosse o Gomez Addams duvido que o Van Damme venceria).
O filme não segue em momento nenhum a estória do jogo, mas… pensando bem, pra quê? Uma interpretação mais livre é muito mais divertida não é mesmo? E também o personagem principal foi alterado de Ryu e Ken (que aqui são meros ladrões) para Guile porque ele é interpretado por Van Damme que não se parece nem com Ryu nem com Ken, por isso interpreta o Guile, logo a solução mais prática é trocar o protagonista. Entendeu a lógica? Nem eu.
Fonte: Não Minta
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